A Psicologia do Autoengano
Você não mente só pros outros. Você mente pra você mesmo — o tempo todo.
— Eu sei exatamente o que tô fazendo.
Você tem certeza?
Você sabe por que tá adiando isso de novo?
Sabe mesmo por que terminou aquele relacionamento?
Sabe por que não posta aquele projeto no qual trabalhou tanto?
Ou só construiu justificativas boas o bastante pra não ter que cavar mais fundo?
— Mas eu sou sincero comigo. Sempre fui.
Essa é a mentira mais confortável da psicologia: a ideia de que somos transparentes com nós mesmos.
Segundo o psicólogo Robert Trivers, autor de The Folly of Fools, o autoengano é uma estratégia biológica.
Você mente pra si… pra conseguir mentir melhor pros outros.
Sim, é isso mesmo.
Se você acredita numa versão filtrada da sua realidade, é mais fácil transmiti-la com convicção.
E, ironicamente, você sofre menos.
É como se o cérebro dissesse: "melhor uma ilusão funcional do que uma verdade insuportável."
— Tá, mas eu só me engano às vezes, né? Tipo, em decisões difíceis.
Não.
Você se engana o tempo todo.
• Quando diz que “tá tudo bem” só pra não encarar a conversa difícil
• Quando jura que “vai começar segunda” sabendo que não vai
• Quando finge que “tá cansado demais” só pra não ter que terminar aquilo que te desafia
• Quando chama de “intuição” aquilo que, no fundo, é só medo disfarçado
A psicologia chama isso de racionalização.
Você inventa uma história emocionalmente aceitável pra escapar da dor real.
E acredita nela como se fosse um fato.
— Então eu tô ferrado? Não tem como escapar disso?
Tem. Mas não tentando ser “brutalmente honesto”.
A saída não é dizer a si mesmo verdades duras o dia inteiro.
É aprender a ouvir suas próprias desculpas com curiosidade, e não com julgamento.
O psiquiatra Scott Peck escreve sobre isso em The Road Less Traveled:
“O problema das pessoas não é que mentem. É que nem sabem que estão mentindo.”
O antídoto não é força. É consciência.
— Como saber se tô me enganando agora mesmo?
Faz um teste simples:
Pensa em algo que você vem adiando há semanas.
Agora, sem pensar muito, responde:
• Por que você ainda não fez?
• Qual desculpa você repete pra si mesmo?
• O que você ganharia se parasse de mentir sobre isso agora?
Se você não consegue responder com clareza, ou se ficou desconfortável lendo isso…
Parabéns.
Você acabou de pegar o autoengano agindo.
— Mas e se a mentira for mais confortável que a verdade?
Ela quase sempre é.
Mas conforto e liberdade raramente andam juntos.
Você não precisa se forçar a mudar tudo de uma vez.
Mas precisa, no mínimo, parar de alimentar versões de si que você sabe que já não servem mais.
Porque o autoengano protege… até que começa a prender.
E quando prende, te mantém longe da vida que você diz que quer.♟️
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É um manual pra quem:
• Já cansou de se prometer mudança e continuar travado
• Vive racionalizando decisões que sabe que estão erradas
• Sabe onde quer chegar, mas não consegue sair de onde tá
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O ser humano não quer tomar a decisão errada, então encontra motivos para torná-la a decisão certa.
Um assaltante não acha que está fazendo algo errado. Ele pensa:
- Estou fazendo isso para dar uma condição melhor para minha mãe.
- Estou fazendo isso porque é justo. Essa pessoa teve mais oportunidades que eu.
- Isso vai fazer muito mais bem do que pode fazer mal para ela.
Fazemos o mesmo no nosso dia a dia.